Manifesto do nada na terra do nunca

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Resenhando Lobão
Por Paulo Neves

“Manifesto do nada na terra do nunca” Lobão. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. Do músico João Luiz Woerdenbag Filho, nome artístico Lobão, o livro traz a opinião do cantor sobre diversos temas e contextos históricos. Passando por cenários políticos e momentos culturais desde o início do século XX. Com um conteúdo narrativo, durante a obra Lobão cita casos por ele vividos em ambientes políticos e musicais.

Começa o livro de uma forma muito distinta de como o termina. Descreve um prólogo onde expõe pensamentos sobre a história brasileira e de sua população, não poupando ironias a parcelas do povo de nosso país. Breves contos dão peculiaridade ao livro e a leitura se transforma em algo intimista desde os primeiros capítulos. A terra do nunca se chama Brasil, onde se vangloriam personagens culturais e políticos por qualquer coisa.

Com uma visão explicitamente artística contestadora, abre discussões viajando do início da MPB até o que temos hoje. Cita em sua obra nomes como: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Toni Tornado, Tim Maia, Gal Costa, Sandra de Sá, entre vários nomes do cenário musical tupiniquim. Há no livro uma característica que é falar da censura imposta na ditadura, sem se arrastar na obviedade. Lobão também em seu trabalho entra na obra de Oswald de Andrade escritor e dramaturgo brasileiro. Fala sobre o “Manifesto antropófago” publicado por Oswald em 1938. Comentando e discordando Lobão faz uma espécie de carta ao escritor, questionando e contestando como se fosse uma conversa buscando respostas para ponto de vista de Oswald.

O divertimento fica por conta de casos contados por Lobão em relação a partidos políticos como, PT e PCdoB. Ele se denomina de besta, pois acreditou que o partido dos trabalhadores fosse formado por pessoas diferentes das características políticas do Brasil. Fala como acreditou e desacreditou em Lula, Zé Dirceu e toda aquela cúpula. Histórias e encontros que em sua maioria, aconteceram antes da eleição de 2002.

Por ser uma figura de personalidade diferente da maioria das pessoas e músicos, Lobão, deu a sua cara ao livro sem pudores. O cantor que tem em sua história musical, 21 álbuns, foi sagaz em usar personagens de diversos pontos culturais do Brasil, na construção de sua opinião para escrever o bom livro “Manifesto do nada na terra do nunca”. Além de distintas opiniões envolvendo música, política e momentos da cultura brasileira, o livro é agradável em função de se tornar em muitas situações, um bate papo com o leitor.

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